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As 2 mensagens importantes da Ata do Copom

A ata da última reunião do Copom, que cortou 0,25% e levou a Selic para 2,00% a..a, trouxe 2 pontos importantes. Elas impactam trazem recados tanto para as reuniões de 2020, quanto para as de 2021

As 2 mensagens importantes da Ata do Copom

A ata da última reunião do Copom, que cortou 0,25% e levou a Selic para 2,00% a.a., trouxe 2 pontos importantes. Elas impactam trazem recados tanto para as reuniões de 2020, quanto para as de 2021


Na semana passada, o Copom reduziu a Selic de 2,25% a.a. para 2,00% a.a., e com seu comunicado deu a entender que existe pouco espaço para novos cortes, mas que o patamar atual deve durar mais do que o período precificado atualmente.

Notamos 2 pontos extremamente relevantes ao analisar o documento de hoje. O primeiro, já bem indicado no comunicado, que a instituição não deve iniciar o processo de normalização no primeiro semestre de 2021. O segundo, pensando nas próximas reuniões, o Banco Central ainda pode fazer uma última redução na Selic, também de 0,25%, mas não seria próxima reunião. O Copom pularia uma reunião para ter mais clareza das condições econômicas do Brasil.

Assim como no Comunicado da decisão, o Copom reforçou que enxerga condições para que a Selic permaneça baixa por um longo período, entendemos na RB Investimentos que o cenário atual não prescreve alta de juros no primeiro semestre de 2021. Na ata existem mais trechos explicando as razões desse cenário.

Entendemos que a inflação segue sendo o ponto de desconfiança de vários investidores, mas note que o Banco Central utilizou o trecho a seguir para destacar as particularidades da crise atual:

“Os membros do Copom discutiram a respeito do nível de ociosidade na economia. Assim como no caso da atividade, o Comitê considera que a pandemia deve continuar a ter efeitos heterogêneos sobre os setores econômicos. Dada a natureza do choque, o setor de serviços deve continuar a apresentar maior ociosidade que os demais. O Comitê concluiu que a natureza da crise provavelmente implica que pressões desinflacionárias provenientes da redução de demanda podem ter duração maior do que em recessões anteriores.”

O que levou a ata ao trecho que avalia o patamar baixo de juros atual, como suficientes para entregar a inflação na meta nos próximos anos:

“Apesar de uma assimetria em seu balanço dos riscos, o Copom não antevê reduções no grau de estímulo monetário, a menos que as expectativas de inflação, assim como as projeções de inflação de seu cenário básico, estejam suficientemente próximas da meta de inflação para o horizonte relevante de política monetária, que atualmente inclui o ano-calendário de 2021 e, em grau menor, o de 2022. Essa intenção é condicional à manutenção do atual regime fiscal e à ancoragem das expectativas de inflação de longo prazo.”

A novidade do documento, foi a mensagem que praticamente tira a chance de um novo corte de juros na próxima reunião (16 de setembro). Sugerindo que os próximos 90 dias serão utilizados para avaliar a resposta da economia, e então em 28 de outubro os membros teriam informações suficientes para determinar se existe a necessidade de mais um corte de 0,25%.


“Assim, o Comitê concluiu que eventuais novas reduções na taxa de juros exigiriam cautela e gradualismo adicionais. Para tal, se necessárias, novas reduções de juros demandariam maior clareza sobre a atividade e inflação prospectivas e poderiam ser temporalmente espaçadas”


Existem muitas críticas ao movimento recente do Copom, mas de qualquer maneira entendemos que a instituição melhorou muito sua comunicação em 2020, e está entregando aquilo que sinaliza. O que é extremamente importante para um bom funcionamento dos mercados.


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