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Copom eleva Selic para 3,50% ao ano

O Copom optou por elevar a taxa Selic em 0,75 b.p., atingindo 3,50%a.a. A decisão era a aposta majoritária de investidores. A instituição volta a se encontrar no dia 16 de junho.

Copom eleva Selic para 3,50% ao ano


O Copom optou por elevar a taxa Selic em 0,75 b.p., atingindo 3,50%a.a. A decisão era a aposta majoritária de investidores. A instituição volta a se encontrar no dia 16 de junho.

Com o comunicado da decisão, o texto indica que será realizada uma nova alta de 0,75b.p. na próxima reunião. Foi repetida a expressão “outro ajuste da mesma magnitude”. Ou seja, o Copom seguirá adotando esse ritmo, ao menos, no início do ciclo de alta de juros.

“Para a próxima reunião, o Comitê antevê a continuação do processo de normalização parcial do estímulo monetário com outro ajuste da mesma magnitude. O Copom ressalta que essa visão continuará dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação.”

Atualmente o mercado e o Boletim Focus acreditam nesta nova alta de 0,75 b.p. Entre a reunião de março e a de hoje, os dirigentes do Banco Central utilizaram entrevistas e eventos públicos para reforçar a intenção de repetir a alta de 0,75 b.p., logo é altamente recomendado acompanhar os próximos eventos.

Como tivemos altas, nas expectativas de inflação, entre a última reunião e a de hoje, novamente o Copom justificou sua alta de juros por conta de um desconforto maior com as condições de mercado. Mencionando uma precificação maior de inflação no horizonte relevante, e uma preocupação menor com a atividade.

As projeções de inflação em 2021 subiram de 4,6% para 5,04%, próximas ao nível superior da meta de 5,25%. O Comunicado demonstrou claro desconforto com essa situação. Enquanto as de 2022 subiram de 3,5% para 3,61%, acima da meta de 2022 de 3,5%.

“O Comitê entende que essa decisão reflete seu cenário básico e um balanço de riscos de variância maior do que a usual para a inflação prospectiva e é compatível com a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante, que inclui o ano-calendário de 2022. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de estabilização de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego.”


Fonte: IBGE, Bacen, Elaboração RB Investimentos


A novidade veio da inclusão do trecho sobre atividade e emprego. O que reforça a ideia de normalização parcial, que evite um impacto relevante na recuperação econômica brasileira.

Um último trecho importante, nos dá pistas sobre as perspectivas do ciclo de alta como um todo.

“Neste momento, o cenário básico do Copom indica ser apropriada uma normalização parcial da taxa de juros, com a manutenção de algum estímulo monetário ao longo do processo de recuperação econômica. O comitê enfatiza, entretanto, que não há compromisso com essa posição e que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar o cumprimento da meta de inflação.”

O Banco Central foi questionado recentemente sobre o termo “parcial”, algo que optou por repetir. Isso indica que a ideia não é elevar a Selic para patamares próximos ou superiores à 6,5%, patamar no qual os juros deixariam de estimular a atividade, e passariam a ser neutros ou até contracionistas.

Em resumo, o comunicado reforça nova alta de 0,75b.p. em 16 de junho. Porém, alguns trechos foram levemente alterados, permitindo que o Copom se adapte ao cenário dos próximos 45 dias.

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