
Relatório de Alocação Junho 2025
Carolina Hackmann. Junho 2025
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No Brasil, a dinâmica da popularidade do presidente Lula dita os próximos passos do governo. Após a
polêmica envolvendo o PIX, em janeiro, o governo reagiu com mudanças no Farmácia Popular,
Consignado Privado, entre outras medidas para melhorar a avalição, que apontava uma desaprovação
maior que a aprovação, pela primeira vez em três mandatos.
Quando as medidas começaram a trazer os frutos, surgiu a denúncia de corrupção no INSS. Independentemente de quem é culpado, a população mais uma vez descontou na popularidade do presidente, que passou por uma nova piora. Mais uma vez, observamos o Lula ventilando medidas populares. Crédito para motociclistas, crédito para reforma de residências, isenção em conta de luz e gás.
Dessa vez o revés surgiu na agência de rating Moody’s.
A agência retirou a perspectiva positiva no rating, afastando a possibilidade da retomada do grau de investimento. Algo que também encareceu a dívida das empresas brasileiras. A mudança não surpreende, considerando que Reforma da Previdência dos Militares e Lei dos Supersalários foram prometidos em dezembro, mas não avançaram. Além dos resultados do pente fino em programas sociais estar abaixo dos valores estimados, em dezembro. O que só evidencia a distância para o equilíbrio fiscal.
A única boa notícia segue vindo do PIB, que cresceu 1,4% ante o último trimestre e 2,9% ante 2024. Muito
puxado pelo agronegócio, que avançou 12,2%. Curiosamente, esse otimismo não apareceu na temporada
de balanços, também do primeiro trimestre, com CFO’s e CEO’s cautelosos com o nível de juros elevados,
diminuindo planos de crescimento para 2025.
Um alerta, ainda inicial, fica para empresas relatando dificuldades em receber recursos de governos
municipais e estaduais. A pandemia trouxe uma arrecadação surpreendente em 2020 e 2021, além de
repasses federais importantes, algo que incentivou esses entes federativos a elevarem seus gastos. Com a
passagem do tempo, muitos não normalizaram suas contas, o que já aparece em portais de transparência
e em contratos.
A Renda Fixa continua em destaque, com a Selic em 14,75%. Algo que deve prevalecer entre o grupo
Pessoa Física em 2025. A surpresa vem dos investidores institucionais estrangeiros, com mais opiniões
positivas para ativos de Renda Variável do Brasil.
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