Análise do Setor de Datacenters
Gustavo Cruz. Novembro 2025
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O setor de data centers pode não ter o mesmo brilho midiático da inteligência artificial, dos carros autônomos ou de outras inovações tecnológicas, mas atrai volumes semelhantes de investimento — muitas vezes, é ele quem viabiliza a própria disrupção. Por trás de cada avanço digital, há uma infraestrutura física que precisa ser alimentada, refrigerada e monitorada continuamente, e é nesse ponto que os data centers se tornaram o novo pilar da economia digital.
Embora o Brasil ainda não figure na fronteira da inovação tecnológica, o país possui uma vantagem estrutural rara: uma capacidade instalada de energia de 246 GW, a sexta maior do mundo, com grande participação de fontes renováveis. Esse diferencial coloca o país em posição estratégica para abrigar a expansão global de data centers, cuja operação depende de energia limpa, estável e de longo prazo.
Nos próximos três anos, o setor deve receber R$ 50 bilhões em investimentos, um montante que tende a crescer rapidamente. A consultoria McKinsey estima que, até 2030, o investimento global em data centers somará US$ 5,2 trilhões, impulsionado pelo avanço da inteligência artificial, do 5G e da computação em nuvem — uma transformação que exigirá novas infraestruturas em escala inédita.
Nas próximas páginas, apresentaremos uma análise abrangente do setor de data centers no Brasil. O relatório detalha sua geografia e funcionamento, a estrutura financeira das operações, os indicadores das principais empresas globais, a possibilidade de o país se tornar um “exportador de energia digital”, além dos aspectos regulatórios, ESG, e dos principais riscos e oportunidades que moldarão a próxima década.
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